segunda-feira, 12 de abril de 2010

C.E.B. REPUDIO A VIOLÊNCIA

O CEB autoconvocado pelos DAs para o dia 7 de abril (na presença de vários DAs e do DCE no dia 17 de março) aceitou a nossa idéia de ter uma nota de repudio a violência e agregaram idéias a ela .
Ela foi lida e entregue no CONSUN (09-04-10) AFINAL PROTESTO NÃO É CRIME.
Colei ela abaixo:


Senhoras e Senhores conselheiros do Conselho Universitário,


O dia 5 de março vai com certeza entrar para a história da UFRGS. Em ampla aliança com movimentos sociais e organizações como ASSUFRGS, professores do ANDES, conseguimos impor uma derrota aos inimigos do caráter público da Universidade e conquistamos um maior espaço para o Debate.
Porém ficou uma marca extremamente negativa para a UFRGS, pois após os anos de chumbo da ditadura militar, não se via uma repressão tão forte por parte da segurança da universidade aos lutadores. Cumprindo ordens do Reitor Carlos Alexandre, os seguranças da UFRGS reprimiram violentamente uma manifestação pacífica que buscava ampliar o debate na universidade sobre o real caráter do projeto do Parque Tecnológico na UFRGS. Bravamente esses diversos Movimentos Sociais, os estudantes, e os técnico-administrati vos resistiram e impediram que ocorresse a reunião do Conselho Universitário garantindo assim algum tempo a mais para debater o Parque Tecnológico.

O CEB (Conselho de Entidades de Base – Conselho este que reúne os Diretórios e Centros Acadêmicos desta Universidade) em reunião no dia sete do presente mês decidiu pelo REPÚDIO às ações da Segurança da Universidade e da Polícia Federal que, no cumprimento de ordens da REITORIA, agrediram os estudantes, os técnico-administrati vos e os representantes de movimentos sociais que encontravam- se em frente ao Prédio da reitoria. E gostaríamos também de reiterar que, como diz a camiseta, PROTESTO NÃO É CRIME! E que não podemos esquecer o que ocorreu neste fatídico dia para que fatos como esses nunca mais ocorram!

Sabendo também da necessidade de um maior debate a cerca do Parque Tecnológico e de perceber que o CONSUN não tem a base democrática necessária pelo peso diferente de suas votações (70% PROFESSORES, 15% ESTUDANTES, E 15% FUNCIONARIOS) acreditamos ser tarefa do DCE da UFRGS e da Reitoria propor e realizar um Plebiscito sobre o Parque Tecnológico, ou seja, além de ampliar o debate e realmente obter a opinião de TODA a comunidade acadêmica permite que todos os membros desta universidade decidam sobre este projeto que vem se demonstrando de enorme importância e terá reflexo tanto para os professores quanto para os alunos, funcionários e, principalmente, para a Sociedade em geral. Usamos como exemplo o caso da Universidade Federal Fluminense (UFF) que realizará em setembro próximo um plebiscito em relação à haver ou não Cursos pagos na Universidade.





Porto Alegre, 07 de abril de 2010.

Conselhos de Entidade de Base UFRGS

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